"A Arte da Paz, na Arte Outros Busquem"



domingo, 25 de setembro de 2011

Res Pública!







Penso no boi...

Aboio Aboio Aboio
 
Há boi!
 
Penso-me!
 
Pensa-te!

*Roberta Aymar*

Recife, 25 de sewtembro de 2011.















quarta-feira, 31 de agosto de 2011

isso que não se liquefaz em sonho...













O medo corroe a vírgula
Que pasta
Que passa
Que pedra
Que sina
Que sorte
Que morte
Que nada...
No plasma coagulado do sono
Que não se liquefaz em sonho

*Roberta Aymar*



segunda-feira, 8 de agosto de 2011

isso q' É ]ou tem[ fastio...




As F'alTo
AR
RA-lo
ELO
b'oca fr'ia
...fome morta
sarjeta!
so-
c
o
r
r
o
jamais...
não haveria
não haverá
não há verão
isso q' É
]ou tem[ fastio

*Roberta Aymar*







sábado, 9 de julho de 2011

?O que [não] se faz pela beleza do ato criador!









"Há macieiras que, 
 preferindo a beleza dos seus frutos 
à manutenção do seu equilíbrio, 
se partem.
São loucas."


Francis Jammes 
in 
Pensée des Jardins




sexta-feira, 24 de junho de 2011

"a água se ensina pele sede"





que solta e voa e me chega a língua... Soneto Acrobático V (César Leal)










Soneto Acrobático - V

MEU pensamento é pluma e me liberta
do fácil que mepossa a voz prender
que as palavras revoam a minha sombra
como aviões a jato em céu revolto.
Se vem linguagem nova não hesito
inda que a consciência não distinga 
a forma dessa luz misteriosa
que salta e voa se me chega a língua.
Nas coisas que se criam a priori
meu olhar de Caronte jamais para:
- venha hoje a palavra - amanhã, glória.
Atiro-me sereno à grande altura
- como longínqua estrela em alto vôo
que poema sem mistério é prosa pura.


quinta-feira, 23 de junho de 2011

Carcará num vai morrer de fome...




Carcará

 (João do Vale/José Cândido)


Carcará
Lá no sertão
É um bicho que avoa que nem avião
É um pássaro malvado
Tem o bico volteado que nem gavião
Carcará
Quando vê roça queimada
Sai voando, cantando,
Carcará
Vai fazer sua caçada
Carcará come inté cobra queimada
Quando chega o tempo da invernada
O sertão não tem mais roça queimada
Carcará mesmo assim num passa fome
Os burrego que nasce na baixada
Carcará
Pega, mata e come
Carcará
Num vai morrer de fome
Carcará
Mais coragem do que home
Carcará
Pega, mata e come
Carcará é malvado, é valentão
É a águia de lá do meu sertão
Os burrego novinho num pode andá
Ele puxa o umbigo inté matá
Carcará
Pega, mata e come
Carcará
Num vai morrer de fome
Carcará
Mais coragem do que home
Carcará




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Nara Leão * Trecho de "Carcará"

Dos coágulos de beleza e outros coágulos...










Enfim,
é preciso morrer 
ou 
matar para coagular...
Na dúvida, sempre, a segunda opção vale mais.
Ela, de certa forma, contém, não raro, a primeira.


Escarlate Letra A
y
M'Ar


Σσς







EU, prefiro-ME, EU
Três de Mim
Assim, SIMPLES, Assim...
como um nó
me possuo
me devoro
me entrelaço
me expando
me amordaço
me liberto
me  
B
o
r
r
o'
M-eu
Mas, existe o quarto
?E lá!
!sou amiga do Rei?